quarta-feira, 1 de abril de 2009

Mercado de produtos infantis cresce com a consciência da sustentabilidade

Nos Estados Unidos, 25% das vendas de artigos para crianças fica por conta desse mercado específico e, desde o ano passado, o Brasil também abriu espaço para estes produtos, atestando um crescimento de consumo de produtos ecologicamente corretos para bebês em até 140%. É muita coisa! Daí a revista VEJA procurou por especialistas para analisar a utilidade e as precauções que devem ser tomadas pelas mães ao utilizar esses produtos. Seguem os mais populares:

ROUPAS ORGÂNICAS

O que são: peças feitas com algodão e lã puros – ou até mesmo fabricadas com fibras de bambu – cultivados sem aditivos químicos e de maneira sustentável

Por que fazem sucesso: ao contrário das malhas de algodão convencional, responsável por cerca de 25% do total de inseticidas utilizados no solo mundial, as de algodão orgânico são produzidas sem o uso de agrotóxicos. Já a fibra de bambu é totalmente biodegradável e requer menos espaço de cultivo do que o algodão

O que diz quem usa: as peças são 30% mais caras, mas não devem nada em conforto e beleza a seus equivalentes não orgânicos

O que dizem os especialistas: do ponto de vista de conforto, leveza, isolamento térmico e risco de alergias, não há diferença entre os materiais. Mas as roupas feitas com fibra de bambu costumam conter poliéster, que dificulta a transpiração do bebê. É preferível usá-las a partir dos seis meses, quando a criança já regula melhor a temperatura do próprio corpo

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MAMADEIRA SEM BISFENOL-A

O que é: a boa e velha mamadeira de vidro, mas com bico de polipropileno e silicone, materiais considerados inofensivos à saúde

Por que faz sucesso: pesquisas feitas em ratos associaram a exposição prolongada ao bisfenol-A – substância química usada para dar maleabilidade às mamadeiras de plástico – ao surgimento de cânceres e danos cerebrais. O bisfenol-A é liberado em quantidades muito pequenas quando o plástico é exposto a altas temperaturas, como no micro-ondas ou em banho-maria. No Brasil, o produto é liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária

O que diz quem usa: apesar de ser 70% mais cara, a mamadeira de vidro é atóxica e mais fácil de limpar

O que dizem os especialistas: seu uso é desaconselhável quando a criança começa a andar, pelo risco de quedas e ferimentos. É preciso tomar cuidado também com o superaquecimento do vidro.

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FRALDA DE PANO

O que é: em lugar do plástico, usam-se algodão, flanela, malha e uma camada impermeável de poliamida

Por que faz sucesso: é uma alternativa à fralda descartável, que leva 450 anos para se decompor, contra um ano da sua versão de pano. Apesar de custarem 90% mais do que as de plástico, as fraldas de tecido podem ser lavadas e reutilizadas até 100 vezes, o que representa economia no final das contas

O que diz quem usa: lavar fraldas de pano não é tarefa das mais fáceis. É preciso deixá-las de molho para evitar manchas. A maioria das mães não aboliu completamente as fraldas descartáveis, úteis em viagens ou nas saídas com o bebê – isso evita ter de guardar a fralda suja

O que dizem os especialistas: o contato com o tecido no lugar do plástico traz mais conforto ao bebê porque permite a transpiração e reduz as assaduras. Lavadas de maneira incorreta, contudo, elas podem causar alergias e infecção urinária

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